Ministro do Planejamento considera novo imposto apenas em 2017

romero-juca-foto-agencia-senado_2Romero Jucá (PMDB-RR), novo ministro do Planejamento; para ele, imposto novo só em 2017

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, defendeu nesta quarta-feira (18) que o governo do presidente interino Michel Temer não realize aumento de impostos neste ano, mas considera a possibilidade de haver um novo tributo, como a CPMF, no ano que vem.

Segundo o ministro, a criação de um novo imposto só teria efeito prático em 2017 e, por isso, o governo deve deixar o desgaste de uma proposta neste sentido para o fim deste ano.

Jucá descartou o aumento da CIDE-Combustíveis, que chegou a ser cogitado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como uma alternativa à CPMF.

O problema, segundo Jucá, é que a CIDE elevaria o preço da gasolina, já considerado alto, pressionando a inflação.

“Se aumentar a inflação, o governo tem que pagar isso com a alta dos juros [Selic]. Temos que ver se a conta vale a pena.”

O ministro disse preferir focar os esforços do governo na aprovação da nova meta fiscal. Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Jucá apresentou-lhe uma conta na qual o deficit primário ultrapassa R$ 160 bilhões. O Congresso deve votar a mudança da meta na próxima semana.

“Este ano é só deficit”, disse Jucá prevendo a não elevação de tributos.

 

REUNIÃO DE SENADORES

Jucá deve se encontrar com senadores, pela manhã desta quinta-feira (19), para alinhar a prioridade do governo à do Senado.

Segundo Renan Calheiros, as lideranças na Casa devem ajudar o governo a “fazer uma geral” nas propostas que devem ser encaminhadas a partir da semana que vem.

“O sentimento nacional é de que algumas reformas não podem demorar. Temos que montar um calendário que contemple as reformas exigidas pela população”, disse Renan.

Nesta quarta (18), uma das prioridades, no entanto, não passou na Casa. Havia a expectativa de que a DRU (Desvinculação de Receitas da União) pudesse ser votada. Porém, Renan achou que não havia representatividade suficiente no Senado para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

 

Fonte: www1.folha.uol.com.br

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